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Cardiologia10 março 2021

Vale a pena fazer rastreamento para estenose carotídea em pacientes sem sintomas?

A estenose carotídea assintomática é definida por pessoas com estenose, porém sem história de acidente vascular cerebral (AVC), ataque isquêmico transitório (AIT) ou outros sintomas neurológicos relac…

Por Eduardo Melo

A estenose carotídea assintomática é definida por pessoas com estenose, porém sem história de acidente vascular cerebral (AVC), ataque isquêmico transitório (AIT) ou outros sintomas neurológicos relacionados a estenose de carótida. A prevalência dessa condição é baixa na população geral, mas aumenta com a idade e está associada a fatores de risco como: sexo masculino, hipertensão, tabagismo, hipercolesterolemia, diabetes e cardiopatia.

O tratamento para doença aterosclerótica sistêmica inclui estatina, anti-plaquetários, medicações para hipertensão e diabetes e mudanças de estilo de vida. O tratamento intervencionista inclui a endarterectomia de carótida, angioplastia com stent de carótida ou revascularização transarterial. A terapia medicamentosa pode ser realizada isoladamente ou associada a alguma terapêutica cirúrgica. Para paciente assintomáticos, o malefício das intervenções cirúrgicas superam os benefícios.

Mas, vale a pena fazer rastreamento de estenose carotídea assintomática? Esse foi o questionamento respondido pelo novo posicionamento do US Preventive Services Task Force.

A recomendação atual avaliou a prévia de 2014 e acrescentou as novas evidências para responder sobre o potencial benefício de realização de screening e intervenções, incluindo procedimentos de revascularização em pessoas com estenose de carótida assintomática.

Os métodos propostos para o screening foram: ultrassonografia Doppler, angio-tomografia e angio-ressonância. A ausculta de sopros carotídeos apresenta pouca acurácia e não é considerada como screening.

Não há nova evidência relevante que venha a modificar as recomendações que concluem, com certeza moderada, que os malefícios em realizar screening para estenose de carótida assintomática superam os benefícios.

Concluindo, a US Preventive Services Task Force não recomenda o screening para estenose de carótida assintomática em população geral adulta (recomendação D).

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Eduardo Melo

Redator em cardiopapers

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