Pontos relevantes:
– Provavelmente o ponto mais importante deste guideline, na minha opinião, é o seguinte:
Ou seja, PA elevada no consultório = MAPA, independente de você achar que o aumento da PA é falso (has do jaleco branco – indicação tradicional do MAPA pelos guidelines prévios) ou verdadeiro.
No texto completo do guideline britânico ele coloca uma série de análises econômicas que consideram a custo-efetividade de ficar fazendo MAPA para todo mundo e chega à conclusão que vale a pena sim. Não vou ficar entrando em detalhes aqui até porque os dados referentes a custos de exames lá na Inglaterra não se adequam à nossa realidade.
Obviamente é inviável pedir MAPA para todo pcte com PA elevada no SUS. Não há disponibilidade de exames para isto. Mas no consultório esta conduta pode ser facilmente adotada.
Lembrando também que pacientes diabéticos e com PA no consultório limítrofe tambpem se beneficiam do MAPA – ver este tópico.
– A diretriz britânica usa pontos de corte diferentes da diretriz da SBC para se confirmar HAS pelo MAPA
Britânica – PA média durante a vigília maior ou igual a 135×85 mmHg
SBC – PA média na vigília maior que 130×85 mmHg
– Em pctes com pulso irregular (ex: FA) – evitar a medida da PA através de aparelhos eletrônicos. Preferir o método manual com ausculta da artéria braquial. Os dispositivos eletrônicos perdem muito acurácia nestes casos.
Autoria
Eduardo Cavalcanti Lapa Santos
Editor-chefe e criador do site Cardiopapers; Especialista em Cardiologia pelo InCor-HCFMUSP; Especialista em Ecocardiografia pela SBC; Especialista em Clínica Médica pela SBCM; Doutor e mestre pelo Departamento de Cirurgia da UFPE; Preceptor das residências de cardiologia e Ecocardiografia do HC-UFPE.
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