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Cardiologia30 março 2017

Meu Paciente com Fibrilação Atrial Infartou! Como Prescrever a Terapia Antitrombótica?

Aproximadamente 15% dos pacientes com fibrilação atrial (FA) apresentarão, em algum momento da vida, um episódio de síndrome coronariana aguda (SCA) e uma porcentagem não desprezível desta população s…

Por Pedro Veronese

Aproximadamente 15% dos pacientes com fibrilação atrial (FA) apresentarão, em algum momento da vida, um episódio de síndrome coronariana aguda (SCA) e uma porcentagem não desprezível desta população será submetida à colocação de stents coronarianos. Como prescrever a terapia antitrombótica nestes pacientes que já vinham em uso de anticoagulantes orais (varfarina ou novos anticoagulantes orais) devido à FA?

Embora o tema ainda seja bastante controverso gerando debates nos principais congressos pelo mundo, o Guideline Europeu para Manuseio de Fibrilação Atrial, European Heart Journal (2016) 37, 2893–2962, recomenda:

1. Quando o risco de sangramento for menor do que o risco da SCA ou de trombose de stent:

a. Mantenha terapia tripla (varfarina ou novos anticoagulantes orais + aspirina 75-100mg + clopidogrel 75mg) por 6 meses;

b. Dupla terapia (anticoagulantes orais + aspirina 75-100mg ou clopidogrel 75mg) de 6 a 12 meses;

c. Após 12 meses, manter apenas anticoagulação oral (varfarina ou novos anticoagulantes).

2. Quando o risco de sangramento for maior do que o risco da SCA ou de trombose de stent:

a. Mantenha terapia tripla (varfarina ou novos anticoagulantes orais + aspirina 75-100mg + clopidogrel 75mg) por apenas 1 mês;

b. Dupla terapia (anticoagulantes orais + aspirina 75-100mg ou clopidogrel 75mg) de 1 a 12 meses;

c. Após 12 meses, manter apenas anticoagulação oral (varfarina ou novos anticoagulantes).

Concluímos que, à luz do conhecimento atual:

  • a terapia tripla deve ser mantida pelo menor tempo possível e,
  • passados 12 meses de uma SCA, estando o paciente estável, apenas a anticoagulação oral com varfarina ou novos anticoagulantes pode ser prescrita com segurança.

O tipo de stent, convencional ou farmacológico, também deve ser considerado nesta decisão.

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Pedro Veronese

Redator em cardiopapers

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