Dona Josefa, 51 anos, vem para a consulta de rotina com seu cardiologista. Ela não usa nenhuma medicação e nega comorbidades prévias. Sua pressão na consulta é de 142×94 (média de 2 medidas). Após 1 mês ela retorna para o seu médico com medidas feitas em casa com aparelho eletrônico mostrando a maior parte das medidas abaixo de 130 x 80 mmHg. Na segunda consulta, a medida da pressão revela um valor médio de 140 x 88 mmHg. Pensando na possibilidade de HAS do avental branco, seu médico solicita um MAPA que mostra valor médio da vigília = 128 x 78 mmHg e no período de 24 h = 122 x 74 mmHg. Qual o diagnóstico desta paciente e como acompanhá-la?
Tanto pelas diretrizes antigas quanto pela diretriz americana de 2017 esta paciente preenche critérios de Hipertensão do avental branco. Ok. E o que fazer agora? Por ano, cerca de 1% a 5% dos pctes com hipertensão tornam-se verdadeiramente hipertensos no seguimento com MAPA ou MRPA. Assim, a nova diretriz americana deixa a sugestão de repetir-se um destes exames anualmente para monitorizar estes pacientes. É importante também ratificar-se as medidas de mudança de estilo de vida (alimentação saudável, prática de atividades físicas, etc)
Autoria
Eduardo Cavalcanti Lapa Santos
Editor-chefe e criador do site Cardiopapers; Especialista em Cardiologia pelo InCor-HCFMUSP; Especialista em Ecocardiografia pela SBC; Especialista em Clínica Médica pela SBCM; Doutor e mestre pelo Departamento de Cirurgia da UFPE; Preceptor das residências de cardiologia e Ecocardiografia do HC-UFPE.
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