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Psiquiatria26 março 2025

Estratégias de prescrição e manejo do tratamento com agomelatina em adolescentes

Assista ao videocast e conheça os benefícios de usar agomelatina, um antidepressivo inovador, na população pediátrica.
Por Tayne Miranda

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Cellera Farma de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A depressão é um problema de saúde mental comum entre crianças e adolescentes, mas muitas vezes pouco reconhecido. Este videocast aborda as estratégias de prescrição e manejo do tratamento com agomelatina, um antidepressivo inovador, na população pediátrica.

Prevalência e impacto da depressão em adolescentes

A prevalência de transtorno depressivo maior (TDM) aumenta significativamente entre 13 e 18 anos, atingindo taxas semelhantes às da população adulta. Estudos indicam que 36% dos adolescentes não recebem tratamento adequado, o que leva a prejuízos psicossociais e interfere no desenvolvimento normal.

Diagnóstico e tratamento da depressão em adolescentes

A adolescência é um período crítico para a identificação de pacientes com alto risco de depressão. A recomendação é realizar rastreio universal e de rotina, utilizando instrumentos validados. Entre os adolescentes com TDM, 40 a 90% apresentam ao menos uma comorbidade psiquiátrica, como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e transtornos de ansiedade.

O tratamento da depressão em adolescentes deve considerar a gravidade do episódio depressivo. Para casos leves, recomenda-se psicoterapia individual e de grupo. Para depressão moderada a grave, as intervenções com maiores evidências científicas são psicoterapias, antidepressivos ou terapia combinada.

Agomelatina: perfil farmacológico e uso na população pediátrica

A agomelatina é um antidepressivo inovador, aprovado pela ANVISA, para uso em adolescentes com TDM. Ela é um agonista dos receptores de melatonina MT1 e MT2 e antagonista do receptor serotoninérgico 5HT2C, aumentando noradrenalina e dopamina no córtex pré-frontal. Esse mecanismo de ação resulta em menos efeitos adversos e boa tolerabilidade.

A agomelatina melhora a anedonia, energia, atenção e concentração, sem afetar a recaptação das monoaminas. Ela não tem afinidade por receptores adrenérgicos, colinérgicos, dopaminérgicos, histaminérgicos e benzodiazepínicos, o que reduz efeitos adversos. A dose recomendada é de 25 mg ao dia, tomada ao deitar-se.

A agomelatina está indicada para adolescentes acima de 12 anos com episódios moderados a graves de TDM, quando não respondem à psicoterapia isolada. Ela deve ser utilizada sempre em combinação com a psicoterapia. A agomelatina não impacta no peso e na função sexual, e não há aumento do risco de suicídio associado ao seu uso.

É necessário monitorar enzimas hepáticas antes do início da medicação e durante os primeiros seis meses de tratamento. A agomelatina é contraindicada em pacientes tomando medicações que inibem a enzima CYP1A2, como fluvoxamina e ciprofloxacina.

A agomelatina representa uma opção vantajosa para adolescentes com TDM, especialmente para aqueles com distúrbios do sono, preocupações com efeitos colaterais sexuais e ganho de peso. Sua eficácia no tratamento da anedonia, déficits cognitivos e retardo psicomotor, aliada à melhora na vida profissional, social e familiar, a torna uma escolha promissora.

Assista ao vídeo e saiba mais!

Autoria

Foto de Tayne Miranda

Tayne Miranda

Médica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Residência em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Mestranda em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP). Psiquiatra Assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP).

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