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Terapia Intensiva12 dezembro 2023

Punção de veia jugular guiada por USG: pontos de atenção [podcast]

Neste episódio, Vinícius Zofoli, intensivista e editor-chefe médico de terapia intensiva do Portal, fala sobre a punção jugular guiada.

O acesso venoso central é um procedimento que envolve a inserção de um cateter em uma veia do sistema venoso central. Uma das vantagens desse método é a obtenção de um acesso venoso seguro por períodos prolongados.

Veja também: Acesso venoso central: veia femoral guiada por US

No entanto, é importante estar ciente das complicações associadas à sua realização, sendo as mais comuns relacionadas a hematomas, traumatismos nas vias aéreas, veias, artérias e nervos. 

Neste episódio, Vinicius Zofoli, intensivista e editor-chefe médico de Terapia Intensiva do Portal destaca a necessidade de cuidado e habilidade durante o procedimento, além de uma monitorização rigorosa para evitar possíveis complicações.

Atualmente, o procedimento guiado por USG é considerado a técnica padrão ouro de punção jugular, fundamental para reconhecer variações anatômicas e minimizar o risco de complicações, como punção arterial inadvertida e pneumotórax, além de auxiliar em casos complexos, como pacientes obesos, idosos e, principalmente, aqueles com caquexia.

Em comparação com o procedimento sem uso de USG, apresenta alguns benefícios, como:

  • Maior taxa de sucesso na primeira tentativa;
  • Menor número de perfurações da pele e redirecionamento;
  • Menor tempo total de procedimento;
  • Menor risco relativo de punções arteriais, hematomas locais, pneumotórax e hemotórax.

O uso da USG permite ao operador avaliar a patência da veia jugular interna e alterações anatômicas relevantes previamente ao procedimento.

A punção venosa é plenamente executada utilizando-se apenas o modo bidimensional (modo B) do equipamento de ultrassonografia.

punção jugular guiada

Indicações da punção jugular guiada

  • Incluem todas as indicações já conhecidas para acesso venoso central sem USG;
  • Técnica padrão ouro para a realização de punção jugular à beira do leito;
  • Deve ser a técnica priorizada em pacientes com anatomia complexa (ex.: pescoço curto), obesos e idosos

Contraindicações da punção jugular guiada

  • Trombose da veia jugular a ser puncionada;
    Sinais de celulite do sítio de punção;
    Plaquetas < 20.000/m³;
    INR > 2-3

  • Necessidade de um aparelho de USG no serviço;
  • Exige experiência e qualificação técnica do operador.

Saiba mais: Punção de artéria radial: pontos de atenção no procedimento

Saiba mais sobre punção jugular guiada conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

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