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Pediatria24 setembro 2024

Condução de Casos de Febre Sem Sinais Localizatórios (FSSL) pela Sociedade Brasileira de Pediatria

Condução de Casos de Febre Sem Sinais Localizatórios (FSSL) pela Sociedade Brasileira de Pediatria

Por Sabrina Santos

A febre sem sinais localizatórios (FSSL) é uma condição comum na prática pediátrica e pode representar um desafio diagnóstico significativo. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) fornece diretrizes detalhadas para a abordagem de FSSL em diferentes faixas etárias, visando assegurar uma condução adequada e segura. Este texto traz um resumo do fluxograma com as principais recomendações da SBP para a condução de casos de FSSL.

FSSL em Neonatos (até 30 dias de vida)

A febre em neonatos requer uma abordagem cautelosa devido ao alto risco de infecções graves, incluindo sepse bacteriana. Segundo a SBP, todos os neonatos com febre devem ser avaliados extensivamente, incluindo pesquisa de vírus respiratórios, hemograma, hemocultura, urina 1, urocultura, liquor e radiografia de tórax, conforme necessário. A hospitalização é recomendada para observação e tratamento empírico com antibióticos de amplo espectro até que os resultados dos exames estejam disponíveis.

FSSL em Lactentes (1 a 3 meses de idade)

Para lactentes entre 1 e 3 meses de idade, a abordagem pode variar dependendo do risco deste paciente, o que é avaliado através dos Critérios de Rochester. 

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Lactentes que preenchem todos os critérios são considerados baixo risco e podem ser reavaliados diariamente. Os considerados de alto risco devem  ser manejados, como os lactentes com menos de 30 dias.

FSSL em Crianças (3 a 36 meses de idade)

Em crianças de 3 a 36 meses, o parâmetro é avaliar a vacinação. Para o protocolo, a vacinação completa consiste em 2 doses de hemophilus influenzae e 2 doses de streptococcus pneumoniae. Para os pacientes com vacinação completa P ou ainda aqueles com vacinação incompleta e febre menor igual a 39 °C, pode ser feita a reavaliação diária e considerada a pesquisa de vídeos respiratórios e a realização de urina urocultura. Para aqueles com vacinação incompleta e febre maior do que 39ºC a investigação através de exames laboratoriais é obrigatória para definição ou descartar foco infeccioso.

FSSL com Comprometimento do Estado Geral

Crianças de qualquer idade com febre e comprometimento do estado geral (letargia, irritabilidade, má perfusão, dificuldade respiratória) requerem uma abordagem agressiva e imediata. A SBP orienta a realização de uma avaliação abrangente com exames laboratoriais e de imagem, além da hospitalização para tratamento com antibióticos de amplo espectro. A rápida identificação e tratamento das infecções graves são cruciais para melhorar o prognóstico nesses pacientes.

A abordagem da febre sem sinais localizatórios varia conforme a idade da criança e o estado geral do paciente. As diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria fornecem um framework valioso para a condução desses casos, ajudando a garantir que os pacientes recebam um cuidado seguro e eficaz. A identificação precoce de infecções graves e o tratamento adequado são essenciais para melhorar os resultados clínicos e reduzir a morbidade associada à FSSL.

Referências

Tratado de pediatria / organização Sociedade Brasileira de Pediatria. – 5. ed. – Barueri [SP] : Manole, 2022.

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