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Pediatria5 dezembro 2023

Aplicação clínica de probióticos, prebióticos e posbióticos em pediatria

Confira as principais novidades apresentadas no LASPGHAN 2023 sobre o uso de probióticos, prebióticos e posbióticos em pediatria.

Por Jôbert Neves

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Cellera Farma de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

De 25 a 28 de outubro de 2023, no Rio de Janeiro, aconteceu o XXIV Congresso Latinoamericano e XV Congresso Iberoamericano de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica, organizado pela Sociedade Latino-Americana de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (LASPGHAN). Um dos grandes destaques da programação do evento foi a atualização sobre a microbiota intestinal e uso de probióticos, inclusive tema de um dos cursos pré-congresso – Probiotics, Prebiotics, Postbiotics In Pediatrics – Workshop On Clinical Application. Veja os destaques desta oficina!

Definições de acordo com a International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP)

  • Probióticos: microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro.
  • Prebióticos: substratos utilizados seletivamente por microrganismos da microbiota intestinal conferindo benefícios à saúde, como inulina, frutooligossacarídeos (FOS), galactooligossacarídeos (GOS), oligossacarídeos do leite humano (HMO) e lactulose.
  • Simbióticos: uma mistura de probiótico(s) + prebiótico(s) trabalhando para alcançar um ou mais benefícios à saúde (cada um trabalha de forma independente).
  • Posbiótico: preparação de microrganismos inanimados e/ou seus componentes, que confere benefício à saúde do hospedeiro.

Dentro desse tema, um assunto que recebeu atenção especial foi a diarreia aguda relacionada ao uso de antibióticos e nosocomial.

Seguem as principais recomendações sobre o uso de probióticos nessas condições, baseadas no último Guideline da European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN), discutidas no congresso:

 Diarreia aguda

  • Lactobacillus rhamnosus GG (LGG) (em uma dose de ≥1010 UFC/dia, por 5–7 dias).
  • Saccharomyces (S) boulardii (na dose de 250–750mg/dia, por 5–7 dias).
  • Limosilactobacillus reuteri ( reuteri) DSM 17938 (em doses diárias de 1×108 a 4×108 UFC, por 5 dias).
  • L rhamnosus 19070-2 e L reuteri DSM 12246 (na dose de 2×1010 UFC para cada cepa, por 5 dias).

Probióticos NÃO recomendados pela ESPGHAN na diarreia aguda:

  • Combinação de Lactobacillus helveticus R0052 e L rhamnosus
  • Cepas de Bacillus clausii O/C, SIN, N/R e T.

Diarreia associada ao uso de antibióticos

  • Prevenção: podem ser recomendadas altas doses (≥5 bilhões de UFC/dia) de Lactobacillus rhamnosus GG (LGG) ou Saccharomyces boulardii iniciados simultaneamente com o antibiótico.

Diarreia nosocomial

  • Prevenção: pode ser recomendado o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG) (pelo menos 109 UFC/dia) durante a internação hospitalar.
  • Não se recomenda o Lactobacillus reuteri DSM 17938 devido à falta de evidências.

Disbiose associada ao uso de antibióticos

Uma complicação comum do uso de antibióticos é o desenvolvimento de doenças gastrointestinais, variando desde uma diarreia leve à colite pseudomembranosa por Clostridioides difficile. A diarreia associada ao uso de antibióticos (DAA) ocorre em associação à administração de antibióticos, durante o tratamento e em até oito semanas após o término da antibioticoterapia. A DAA ocorre em 5 a 35% dos pacientes que usam antibióticos e varia dependendo do tipo específico de antibiótico, da saúde do hospedeiro e da exposição a patógenos. O uso de amoxicilina com clavulanato leva a alterações substanciais da microbiota intestinal em indivíduos saudáveis. No caso da infecção por Clostridioides difficile, os fatores de risco mais significativos são: ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, clindamicina e fluoroquinolonas.

Todos os palestrantes, em um momento de retirada de dúvidas, destacaram que, quando indicado, é importante começar o probiótico (LGG ou S. boulardii) logo no início da antibioticoterapia e manter até completar pelo menos 30 dias.

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