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Ortopedia18 janeiro 2024

Fixação com ou sem enxerto para retardo de consolidação estável do escafoide?

Um estudo retrospectivo contemplou pacientes operados em um hospital de Buenos Aires, entre janeiro de 2019 e setembro de 2021.

O escafoide é um osso propenso ao retardo de consolidação e pseudoartrose por uma série de fatores como a quase completa cobertura cartilaginosa e pobre irrigação sanguínea com as taxas ficando entre 5 e 25%. O tratamento do retardo de consolidação pode ser realizado com fixação percutânea com parafuso ou técnica aberta com colocação de enxerto ósseo e fixação. 

Leia também: Placas para fraturas e pseudoartroses de escafoide: uma boa opção? 

Há pouca informação na literatura comparando as duas técnicas para retardo de consolidação do escafoide em fraturas sem sinais de instabilidade. Diante isso, foi publicado um estudo no último mês, na Revista Iberoamericana de Cirurgia de la Mano – RICMA,  com o objetivo de comparar as duas técnicas. 

mãos em preto e branco

O estudo 

Foi um estudo retrospectivo que contemplou pacientes operados em um hospital de Buenos Aires, entre janeiro de 2019 e setembro de 2021, com fraturas de escafoide estáveis, com mínima absorção óssea, não associadas a desalinhamentos do punho, com menos de um ano de evolução, não diabéticos e sem necrose do polo proximal. A variável de estudo principal foi o tempo médio para a consolidação radiológica em semanas. 

O tempo médio até a cirurgia foi de dez semanas no grupo sem enxerto e 23 semanas no grupo com enxerto. O tempo médio de consolidação no grupo sem enxerto foi de dez semanas (variação de 8 a 12 semanas) e 12 semanas (variação de 8 a 20 semanas) no grupo com enxerto. A taxa de consolidação foi de 100% em todos os casos.  

As diferenças favoreceram o grupo sem enxerto para os seguintes parâmetros: Escala Visual Analog (VAS) para dor em três meses (5 vs. 7, P=0.002), seis meses (3 vs, 6, p=0.000) e 1 ano (1 vs. 2, p=0.001); DASH em um ano (9 vs. 24, p=0.000); média de flexão em seis meses (70 ° vs. 46 °, P¼0.009); e desvio ulnar aos seis meses (25 ° vs. 15 °, P=0.047). As diferenças favoreceram o grupo com enxerto para o desvio radial aos seis meses (15 ° vs. 12 °, p=0.038). O tempo médio para retomar o trabalho foi de oito semanas em ambos os grupos. 

Conclusão 

Para tratamento cirúrgico do retardo de consolidação em fraturas do escafoide sem instabilidade, a osteossíntese percutânea sem enxerto óssea poderia ser superior ao uso de enxerto em relação ao tempo de consolidação radiológica e recuperação funcional. 

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Referências bibliográficas

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