No dia de hoje, 12 de novembro de 2025, tivemos o início do 57º Congresso anual da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, que completa 90 anos em 2025. Nos primeiros horários da manhã pudemos acompanhar “workshops” de joelho, ombro, quadril e trauma com princípios básicos de cada uma das especialidades com a colaboração das empresas fornecedoras de materiais para aplicação das técnicas cirúrgicas em modelos sintéticos. Uma grande oportunidade na abertura do congresso para o treinamento e contato com materiais muito utilizados na nossa prática.
Também pela manhã tivemos o Simpósio Internacional de Análise Diagnóstica 3D na Medicina Esportiva. Uma das principais mensagens das aulas foi que o retorno ao esporte pós-lesão (“return to play”) não pode ser mais guiada pelo calendário como era antigamente já que uma nova lesão (ou re-lesão) geralmente é devastadora. A avaliação com análises biocinéticas e biomecânicas já é realidade no esporte de alto rendimento e em muito contribui para um retorno ao esporte seguro. Porém, não deve ser vista como uma substituta aos métodos tradicionais, mas sim como uma ferramenta a mais no manejo das lesões.
A sala que abordou as lesões de isquiotibiais, também muito presentes na nossa prática médica, ficou lotada para as discussões das patologias musculares e tendinosas dos membros inferiores e terminou com uma demonstração ao vivo do exame ultrassonográfico da região posterior da coxa com localização de suas principais estruturas anatômicas.
O dia também foi palco da discussão dos ortobiológicos e Ortopedia Regenerativa. Foram abordados aspectos éticos e legais de cada um dos ortobiológicos conhecidos no Brasil e seguimos sem a autorização do Conselho Federal de Medicina para utilização do plasma rico em plaquetas (PRP) fora do ambiente de pesquisa sob alegação de carência de evidências científicas robustas para a liberação. A resolução, que completa 10 anos em 2025, pode estar com os dias contados em virtudes dos recentes avanços em pesquisas nos institutos brasileiros.
Autoria

Giovanni Vilardo Cerqueira Guedes
Médico pela UERJ ⦁ Ortopedia e Cirurgia da Mão pelo INTO ⦁ Mestrando em Ciências Aplicadas ao Sistema Musculoesquelético (INTO)
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