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Os equivalentes anginosos são os sinais e sintomas inespecíficos de isquemia miocárdica, diferentes da conhecida dor anginosa. Tal fato dificulta o diagnóstico da doença e retarda o tratamento mais adequado. Assim, em um plantão, atentar para esses equivalentes pode refletir no prognóstico do paciente tendo em vista a rapidez do diagnóstico correto.
De início vale ressaltar que eles são mais frequentes em pacientes idosos e diabéticos, por isso esses dados na anamnese são fundamentais. Os principais equivalentes anginosos são:
- Dispneia: é o mais frequente. Pode ocorrer aos esforços ou em repouso sem dor torácica associada. É importante diferenciá-la da dispneia existente na insuficiência cardíaca, na qual pode haver outras alterações no exame físico como desvio do Ictus, presença de B3, congestão pulmonar;
- Fadiga excessiva;
- Sintomas do trato digestivo: epigastralgia, desconforto em hipocôndrio direito, náuseas, vômitos;
- Palpitações ou síncope: raramente têm causa isquêmica, então deve-se afastar outras etiologias, a menos que exista uma associação clara desses sintomas com o esforço.
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Realizar uma estimativa do perfil de risco cardiovascular do paciente, avaliar a duração (sintomas muito fugazes ou de duração muito prolongada não são de natureza isquêmica) e os fatores precipitantes desses sintomas (a relação com os esforços), auxiliam na suspeita de etiologia isquêmica diante de algum equivalente anginoso.
Dessa forma, é importante recordar a existência da correlação desses sintomas inespecíficos com a isquemia miocárdica, pois constituem a exceção no diagnóstico de cardiopatia isquêmica e podem mudar completamente o prognóstico de um paciente quando a intervenção é feita em tempo hábil.
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