Medicina de Emergência6 fevereiro 2017
Vasopressor e corticoide na sepse: o que diz o Surviving Sepsis 2016
Seguindo nossas reportagens sobre as novas recomendações do Surviving Sepsis, resumimos os highlights do uso de vasopressor e corticoide no choque séptico:
Seguindo nossas reportagens especiais sobre as novas recomendações de 2016 do Surviving Sepsis, resumimos os highlights do uso de vasopressor e corticoide no choque séptico:
- Recomenda-se o uso de noradrenalina como vasopressor de escolha no choque séptico;
- Sugere-se associar a vasopressina (até a dose de 0,03 U/min) ou a epinefrina ao tratamento padrão com noradrenalina no intuito de aumentar a pressão arterial média (sendo o nível de evidência maior para a vasopressina); ou associar a vasopressina para diminuir a dose da noradrenalina;
- Sugere-se o uso de dopamina como alternativa a noradrenalina em pacientes selecionados: pacientes com bradicardia absoluta ou relativa com baixo risco de traquiarritmias;
- Dopamina em baixa dose para “nefroproteção” não é recomendada;
- Dobutamina pode ser considerada em pacientes com evidência de hipoperfusão persistente apesar de hidratação venosa adequada e uso de vasopressores;
- Sugere-se que todos os pacientes em tratamento vasopressor tenham um acesso arterial para medida invasiva da pressão arterial tão logo seja viável sua instalação;
- O uso de hidrocortisona IV não é recomendado de rotina para o tratamento do choque séptico com adequada ressuscitação volêmica e uso de vasopressores. O uso pode ser considerado em pacientes hemodinamicamente instáveis apesar das estratégias anteriores, na dose de 200 mg de hidrocortisona por dia.
Referências Bibliográficas:
- Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock: 2016. Critical Care Medicine, 2017. DOI: 10.1097/CCM.0000000000002255.
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