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Ginecologia e Obstetrícia12 outubro 2022

Prevalência e fatores de risco de aderências pós-operatórias após cesarianas repetidas

Estudo avaliou 300 mulheres entre 2020 e 2021 sobre prevalência e fatores de risco de aderências após cesarianas repetidas.

As aderências intrabdominais estão entre as complicações da realização de cesarianas, que podem elevar o risco de lesões secundárias de alças intestinais. Além das complicações infecciosas relacionadas ao procedimento per se.

As tentativas de evitar o aparecimento de aderências podem ser relacionar a cuidados específicos do cirurgião, respostas individuais da paciente ou de ambos. Para avaliar essas variantes um trabalho recente publicado no International Journal of Gynecology & Obstetrics.

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Prevalência e fatores de risco de aderências pós-operatórias após cesarianas repetidas

Métodos

Ele foi feito utilizando uma coorte de 300 mulheres avaliadas entre outubro de 2020 e dezembro de 2021, através de questionários sobre as gestações prévias e a atual, paridade, outras cirurgias e avalição pelo escore de Nair para aderências com os cirurgiões nas gestações atuais. Complicações no pós-operatório também foram relatadas se presentes.

Resultados

Os resultados trazidos no trabalho são importantes. Um número total de 62% das pacientes apresentou aderências moderadas ou severas. Essas pacientes tiveram necessidade de abordagem por médicos mais experientes e um tempo mais prolongado de internação (p < 0,008 e 0,001 respectivamente).

Outros dados bastante interessantes foram as relações positivas com a maior idade da paciente (p < 0,001), maior paridade (p < 0,001), intervalo interpartal menor (p < 0,001), duração da internação hospitalar prévia ou atual (p < 0,001), tempo de deambulação (p <0,001), tempo de início funcionamento intestinal (p < 0,001), tempo cirúrgico maior (p < 0,001) e fatores relacionados ao cirurgião como mais idade e experiência (p= 0,015 cada).

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Conclusão sobre risco de aderências pós-operatórias após cesarianas repetidas

O estudo conclui que a presença de aderências pélvicas aumenta a morbidade materna. Os fatores contribuintes são múltiplos e aumentam com o número maior de cesarianas. 

Autoria

Foto de João Marcelo Martins Coluna

João Marcelo Martins Coluna

Médico Ginecologista e Obstetra formado pela Universidade Estadual de Londrina • Mestrado em Fisiopatologia pela Unoeste (Universidade Oeste Paulista) • Docente da Unoeste (Presidente Prudente) - departamento materno infantil • Preceptor Residência Médica Hospital Regional Presidente Prudente - SP • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Regional Presidente Prudente • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Estadual Dr. Odilo Antunes Siqueira (Presidente Prudente - SP) • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Santa Casa de Misericórdia de Adamantina Plantonista Socorrista Santa Casa de Misericórdia Presidente Prudente • Médico Regulador ambulatorial município de Dracena - SP • Médico Preceptor ambulatorial UNIFADRA (Dracena - SP) • Ginecologista do serviço ambulatorial de Narandiba (SP) • Ginecologista e Obstetra do serviço ambulatorial de Pirapozinho (SP).

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