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Ginecologia e Obstetrícia4 julho 2022

Near Miss: conheça os critérios da OMS para avaliar riscos de mortalidade materna

Você conhece o termo near miss? É um conceito que se refere a quase morte da mãe no momento do parto. Neste texto, saiba mais sobre o tema.

O progresso na redução da mortalidade materna é uma grande meta mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras instituições têm recomendado que todos os partos sejam acompanhados por um profissional de saúde capacitado, de forma que intervenções efetivas sejam implementadas para evitar e manejar quaisquer complicações que possam surgir.

No contexto da saúde materna, “Near Miss” (NM) se refere a uma condição em que uma mulher experimentou uma grave complicação, quase morreu, mas sobreviveu.  

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near miss
Adaptado do Manual da Organização Mundial de Saúde estratificando os cenários de gestações normais, com complicações e com risco de morte.

 

As situações que envolvem o NM são de crescente interesse dos profissionais de saúde pois a análise desses casos permite compreender falhas do sistema de saúde em relação aos cuidados obstétricos e enfrentá-los com ações corretivas. 

O manual da OMS sobre a avaliação da qualidade do cuidado nas complicações graves da gestação propõe um método padronizado em três etapas de maneira cíclica: (1) avaliação inicial (ou reavaliação); (2) análise da situação; (3) intervenções para melhorar o atendimento de saúde.  

Esse método de alguma forma permite possibilidade de identificar o que, frente a um caso de quase morte, foi o divisor entre o óbito e a manutenção da vida.

near miss 2
Critérios de near miss para a avaliação de nível inicial da qualidade do cuidado. Adaptado do manual da Organização Mundial de Saúde.

 

Outro ponto relevante é que, uma vez reconhecidos os cenários de NM, podemos valorizar mais os manuais para manejo de tais intercorrências, revendo os fluxos nas instituições que as gestantes e puérperas são manejadas. Por exemplo, treinamento da assistência a parada cardiorrespiratória, protocolos de hemotransfusão, manejo da pré-eclampsia grave e padronização da admissão das gestantes em terapia intensiva.

*Este texto foi escrito em parceria com Garexp e revisado por Dr. João Marcelo Coluna.

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