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Endocrinologia7 novembro 2022

Estudo EMPA-KIDNEY: Retardo na progressão da doença renal

A doença renal crônica (DRC) é caracteristicamente progressiva, sendo a diminuição gradual da taxa de filtração glomerular (TFG) e a presença de albuminúria os principais marcadores no desenvolvimento…

A doença renal crônica (DRC) é caracteristicamente progressiva, sendo a diminuição gradual da taxa de filtração glomerular (TFG) e a presença de albuminúria os principais marcadores no desenvolvimento de insuficiência renal. Retardar tal progressão e evitar diálise ou transplante renal é um objetivo a ser perseguido.

Grandes estudos envolvendo pacientes com doença renal diabética e albuminúria mostraram que os inibidores do sistema renina-angiotensina (RAS), inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (iSGLT2) e o antagonista do receptor mineralocorticóide não esteróide finerenona reduziram o risco de progressão à insuficiência renal.

O estudo EMPA-KIDNEY, recém publicado no NEJM, vem trazer mais informações sobre o tema. Dessa vez, somos apresentados aos resultados da empagliflozina, um inibidor de SGLT2, no retardo da progressão da doença renal e doença cardiovascular, além de examinar o perfil de segurança do medicamento em um maior espectro de pacientes com DRC.

Um total de 6.609 pacientes foram acompanhados por cerca de 2 anos. O tratamento com empagliflozina reduziu em 28% o desfecho primário de progressão da doença renal ou morte por causas cardiovasculares (13,1% x 16,9%, razão de risco, 0,72; P <0,001). A proteção foi independente da presença ou não de diabetes e consistente entre os diferentes intervalos de TFG. Alem disso a empagliflozina também reduziu a taxa de hospitalização por qualquer causa em 14%. As taxas de eventos adversos graves foram semelhantes nos dois grupos.

O estudo EMPA-KIDNEY traz informações pela maior diversidade da população estudada: foram 3.569 pacientes (54,0%) sem diabetes, 2.282 pacientes (34,5%) com eGFR inferior a 30 ml/min/1,73 m2 e 3.192 pacientes (48,3%) com uma relação albumina/creatinina urinária inferior a 300.

Os achados reforçam os benefícios dos iSGLT2 em pacientes sob risco de progressão de perda de função renal. Somados os resultados de proteção cardiovascular e de hospitalização por IC, tais agentes se consolidam na rotina da prescrição nos diversos cenários.

Autoria

Foto de Luciano de França Albuquerque

Luciano de França Albuquerque

Graduação em medicina pela Universidade Federal do Vale do São Francisco • Residência em Clínica Médica pelo Hospital Regional de Juazeiro – BA • Residência em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas da UFPE • Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia • Médico Endocrinologista no Hospital Esperança Recife e Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa

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