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Endocrinologia11 dezembro 2023

Doença Hepática Esteatótica: quais as novidades do novo guideline brasileiro?

A Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (DHGNA) já acomete 25% da população mundial, podendo chegar a números acima de 90% na população obesa. Recentemente, um conjunto de sociedades internacionais …

A Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (DHGNA) já acomete 25% da população mundial, podendo chegar a números acima de 90% na população obesa. Recentemente, um conjunto de sociedades internacionais se uniu e recomendou a nomenclatura “Doença hepática esteatótica associada a distúrbio metabólico” para os casos onde se verifique aumento da gordura hepática (>5%) associada a componentes da síndrome metabólica (Obesidade abdominal, glicemia alterada, dislipidemia e hipertensão). Tal associação favorece a progressão da inflamação e fibrose hepáticas, podendo culminar com cirrose e hepatocarcinoma, além de elevar substancialmente o risco de evento cardiovascular.

Agora são as grandes entidades representativas nacionais (as Sociedades de Endocrinologia, Hepatologia e de Obesidade e Sindrome Metabólica) que se reuniram para lançar um documento com recomendações para o manejo da Doença Hepática Esteatótica.

Vamos aos pontos principais?

Rastreio e diagnóstico

– Todos os indivíduos com IMC ≥ 25 kg/m2 devem ser rastreados quanto a presença da Doença Hepática Esteatótica, independentemente da existência de outros fatores de risco metabólicos.

– A Ultrassonografia (USG) é recomendada como exame de rastreio inicial. O exame tem menor acurácia em IMC ≥ 35kg/m2 e para casos de esteatose leve.

– A Ressonância magnética pode ser utilizada no rastreio. Principalmente se IMC ≥ 35kg/m2 e para quantificar esteatose.

– Transaminases não devem ser usadas isoladamente na avaliação inicial.

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Confirmada esteatose

– Avaliar risco Cardiovascular.

– Excluir outras causas de doença hepática.

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– Calcular o escore Fib4:

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Tratamento

Não farmacológico

– Perder peso. Alvo > 5%. Ideal > 7

  • Dieta do mediterrâneo.
  • Substituição de carboidrato por proteína.
  • Substituição de gordura saturada por insaturada.
  • Restringir ultraprocessados.
  • Aumentar fibras.
  • Restringir frutose.
  • Consumo regular de Café
  • Restringir álcool (se MASLD, não existe margem de segurança).

Tratamento farmacológico

– Indicado se esteatohepatite.

– iSGLT2 – reduz esteatose

– aGLP1 – reduz esteatose, reduz inflamação.

– Vitamina E – reduz esteatose, reduz inflamação. (não usar se diabetes)

– Pioglitazona – reduz esteatose, inflamação e fibrose.

Cirurgia Bariátrica – se IMC ≥ 35 kg/m2

– reduz esteatose, inflamação e fibrose.

– Bypass tem melhores evidências que Sleeve.

Autoria

Foto de Luciano de França Albuquerque

Luciano de França Albuquerque

Graduação em medicina pela Universidade Federal do Vale do São Francisco • Residência em Clínica Médica pelo Hospital Regional de Juazeiro – BA • Residência em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas da UFPE • Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia • Médico Endocrinologista no Hospital Esperança Recife e Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa

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