O diabetes mellitus gestacional (DMG) acontece porque alguns hormônios produzidos pela placenta como o lactogênio placentário, o cortisol e a prolactina aumentam a resistência à ação da insulina. Quando o pâncreas não responde adequadamente a esse aumento de resistência, leva a um quadro de hiperglicemia. Essa situação pode ser diagnosticada por exames feitos no pré-natal.
Níveis de glicemia e diagnóstico de diabetes na gestação
Na primeira consulta, a glicemia de jejum já pode identificar quem tem DMG, quando o resultado fica entre 92 e 125 mg/dL, incluindo esses dois valores. Se o valor for igual ou maior do que 126 mg/dL, o diagnóstico é de diabetes prévio à gestação.
Nos casos em que a glicemia de jejum for normal (ou seja, até 91 mg/dL), será necessário complementar, entre 24 e 28 semanas de gravidez, a pesquisa de diabetes com o teste oral de tolerância à glicose (também conhecida como curva glicêmica). Esse exame consiste em medir a glicemia em jejum e 1 e 2 horas após tomar 75 g de dextrosol, um líquido bem doce. Se alguma dessas três medidas estiver acima do normal significa que a gestante está com diabetes. Veja quadros abaixo:
DIAGNÓSTICO DE DMG PELO TOTG 75 g |
Glicemia jejum ≥ 92 mg/dL |
Glicemia 1 hora ≥ 180 mg/dL |
Glicemia 2 horas ≥ 153 mg/dL |
DIAGNÓSTICO DE DIABETES PRÉVIO PELO TOTG 75 g |
Glicemia jejum ≥ 126 mg/dL |
Glicemia 2 horas ≥ 200 mg/dL |
Agora está fácil, hein? Não deixe de fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento imediato. Ele é extremamente importante para prevenir repercussões materno-fetais.
Para mais informações e conteúdo especializado sobre Ginecologia e Obstetrícia, visite o Instagram da GOPapers.
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.