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Dermatologia8 agosto 2023

Valerato de betametasona: quando usar?

O valerato de betametasona é considerado um corticoide de média potência, indicado em condições inflamatórias com prurido leve a moderado.

Os corticoides tópicos, como o valerato de betametasona, são medicamentos utilizados para doenças cutâneas que cursam com inflamação, prurido e etiologia imunológica, principalmente, como psoríase, eczema e dermatite atópica. Eles estão disponíveis em formulações como pomadas, cremes, loções, géis, espumas, óleos, soluções e xampus.  

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Valerato de betametasona

Classificações  

De acordo com o sistema de classificação baseado na potência atualmente usado, os corticoides tópicos podem ser divididos em sete classes:  

  • Classe I: superpotente (propionato de clobetasol 0,05%, propionato de halobetasol 0,05%, desoximetasona 0,25%); 
  • Classe II: alta potência (betametasona dipropionato 0,05% creme, halcinonida 0,1%);  
  • Classe III: potência média-alta (propionato de fluticasona 0,005% pomada);  
  • Classe IV: potência média (furoato de mometasona 0,1% creme);  
  • Classe V: potência média (valerato de betametasona 0,1% creme, fluocinolona acetonida 0,025% creme);  
  • Classe VI: baixa potência (desonida 0,05% creme, fluocinolona acetonida 0,01% creme);  
  • Classe VII: baixa potência (acetato de hidrocortisona, acetato de dexametasona 0,1%). 

São classificados pela sua potência e pelo risco de efeitos adversos como atrofia, estrias, rosácea, telangiectasias, púrpura e outras reações cutâneas e sistêmicas. O risco de efeitos adversos aumenta com o uso prolongado, grande área de aplicação, maior potência, oclusão e aplicação em áreas de pele mais fina, como rosto, dobras e genitais.  

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Indicações  

O valerato de betametasona é, portanto, considerado de média potência, sendo indicado em condições inflamatórias que cursam com prurido leve a moderado, como prurigo estrófulo, eczemas e dermatite de contato, por exemplo.  

Deve-se evitar seu uso prolongado, bem como a oclusão (como ocorre nas dobras, por exemplo), para evitar efeitos adversos sistêmicos e locais. 

Se há suspeita de infecção cutânea associada, o uso do valerato de betametasona também deve ser reavaliado devido ao efeito de imunossupressão local. 

Autoria

Foto de Marselle Codeço Barreto

Marselle Codeço Barreto

Médica, Dermatologista pela Universidade Federal do Rio De Janeiro (UFRJ). Professora de Dermatologia na Faculdade de Medicina (UFRJ). Preceptora de Dermatologia e Dermatoscopia no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF- UFRJ). Aprovada na prova de Título de Especialista em Dermatologia e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Referências bibliográficas

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