Você sabe o que é disease mongering?
Descobertas médicas andam lado a lado com novas inovações da indústria farmacêutica. Como patrocinadoras de pesquisas, elas conseguem grande influência no meio.
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Descobertas médicas andam lado a lado com novas inovações da indústria farmacêutica. Como patrocinadoras de pesquisas, elas conseguem grande influência no meio e, não à toa, estão entre as empresas mais influentes do mundo.
Entretanto, maior do que o gasto com pesquisas, é o gasto com publicidade. Propagandas das indústrias farmacêuticas consomem o dobro do investimento feito em pesquisas. Presentes dos congressos médicos à porta de nossos consultórios, é inevitável o modo como suas estratégias de marketing podem influenciar no nosso trabalho.
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No começo da década passada começou a ser questionado se a pressão da indústria farmacêutica poderia estar influenciando nosso trabalho, tornando indivíduos saudáveis em doentes a serem medicalizados. É a criação de doenças, o disease mongering.
Após publicidade para público médico e leigo, disfunções acabam sendo sobrediagnosticadas, o que leva à medicalização de um público muito maior do que o de verdadeiros portadores dessas disfunções. São exemplos, hipofunção sexual masculina (caracterizada ereções menos duradouras), déficit de atenção e redução da libido após a menopausa.
O papel do médico é guiar os pacientes para diagnosticar quando realmente há uma disfunção passível de ser medicada e quando o que estamos diante é uma variação da normalidade. Devemos estar atentos para promover um cuidado integral, o que inclui, certamente, protege-los de serem taxados com doenças que não possuem.
Veja também: ‘Publicidade médica: o que devemos ter em mente’
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