Neurologia30 março 2017
Seu paciente tem PAF?
A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), também conhecida como amiloidose associada à transtirretina, atinge o sistema nervoso periférico.
A Polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), também conhecida como amiloidose associada à transtirretina, atinge o sistema nervoso periférico, reduzindo a função neurológica. Essa doença é rara, hereditária e progressiva e atinge adultos a partir de 30 anos. Atualmente, estima-se que 10 mil pessoas no mundo sejam portadoras. Saiba mais sobre os principais sintomas, diagnóstico e tratamento.
A PAF é causada por uma mutação no gene TTR, que pode ser passada de geração para geração. Um indivíduo que carrega a mutação pode ou não desenvolver os sinais e sintomas da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para obter um desfecho clínico positivo.
Os sintomas da PAF
A PAF acomete o sistema nervoso periférico nas suas vertentes motora, sensitiva e autonômica, e tem início nos membros inferiores. Os principais sintomas são:
- Capacidade reduzida de sentir temperatura
- Dormência e formigamento
- Síndrome do túnel do carpo
- Fraqueza Muscular
- Dor
- Tontura ou desmaio ao levantar
- Incapacidade de obter ou manter uma ereção
- Períodos de constipação que se alternam com diarreia
- Dificuldade para urinar ou segurar a urina
- Perda de peso não intencional
- Palpitações
A manifestação e a progressão dos sintomas variam em cada paciente.
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Diagnóstico da PAF
O médico deve investigar a história familiar do paciente. Dependendo dos sinais e sintomas, o profissional pode realizar os seguintes testes:
- Biópsia de tecido
- Teste genético
Tratamento da PAF
Ainda sem cura, o tratamento da doença é focado em retardar a evolução dos sintomas. Há pouco tempo, a única opção terapêutica eficaz disponível no Brasil era o transplante hepático, que poderia conferir mais anos de vida ao doente.
No final do ano passado, a Anvisa aprovou o primeiro medicamento indicado para PAF em adultos, o Tafamidis (Vyndaquel). O fármaco impede que as proteínas TTR se desestabilizem, retardando a progressão da doença em pacientes no estágio inicial da doença.
Referências:
- https://www.pausanapaf.com.br/o-que-e-a-paf
- https://www.brasil.gov.br/saude/2016/11/vigilancia-sanitaria-libera-remedio-para-doenca-rara
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