Paciente de 68 anos, previamente tabagista, com histórico de asma desde a infância em uso de alenia, sem outras comorbidades ou medicamentos em uso. Deu entrada em pronto atendimento com queixa de prurido intenso e generalizado, associado a “endurecimento da pele” (SIC), além de febres esporádicas de até 38,5°C, diarreia também esporádica às vezes com muco e perda ponderal de seis quilos nos últimos seis meses.
Em avaliação clínica, o paciente apresentava áreas de liquenificação e queratinização da pele de distribuição difusa, especialmente em MMSS e tronco, por vezes associadas a púrpuras. Apresentava-se emagrecido, porém não caquético (IMC 19,1), com crepitações esparsas e sibilos na ausculta pulmonar sem alterações do padrão respiratório, sopro holossistólico 2+/6+ mais audível em foco mitral.
Os dados vitais mostravam PA 110 x 70, FC 107, FR 22, SatO2 96% em AA, sem outras alterações dignas de nota. Os exames da chegada evidenciaram leucocitose às custas de eosinófilos (32.600 total, 12.550 eosinófilos), elevação moderada de PCR, sem alterações de função hepática, renal ou eletrólitos. Testes de FAN, ANCA e complemento se mostraram normais. RX de tórax e posterior TC de tórax não contrastada evidenciaram infiltrado intersticial esparso, suspeito para fibrose e com faveolamento subpleural sem predomínio em alguma região específica. Foi submetido a mielograma que evidenciou hipercelularidade da linhagem mieloide porém sem quaisquer atipias, que também não foram confirmadas em testes genéticos e de imunofenotipagem.
Em relação ao caso apresentado, qual seria o diagnóstico mais provável?
ASíndrome hipereosinofílica primária ou secundária
BReação medicamentosa eosinofílica com sintomas sistêmicos (DRESS) em estágio inicial
CSíndrome de Loeffler pelo uso de corticoides inalatórios
DExacerbação asmática grave desencadeada por alérgeno respiratório
Leucemia mieloide aguda eosinofílica
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